ANIVERSARIANTES AMIRP
Dia 16 – Thereza Xavier da Silva; dia 17 – Carolina Miranda Muniz; dia 20 – Luiz Braga Bernardes, Alexandre Ternis Ferreira; dia 21 – Francisca de Carvalho Cruz Ternis; dia 22 – Marisa Antonieta Battisti de Abreu, Maria Fatima Veloza Ligeiro,Lylia Saldanha da Silva, Geovana de Cassia Vieira Bento.
A Coluna Vida Militar e a AMIRP parabenizam a todos desejando saúde e felicidades.

DIA DA VITÓRIA EM PETRÓPOLIS
Oito de Maio de 1945 marca, na história, o término na Europa, da II Guerra Mundial (1939 1945), quando as nações aliadas venceram o nazi-fascismo. Foi o dia da vitória da democracia,
um marco para a humanidade. Aos nossos soldados, marinheiros e aviadores, que dela participaram, o nosso preito de reconhecimento pelo espírito de sacrifício e amor à Pátria por eles demonstrados no sagrado cumprimento do dever. Comemorando data, o comandante do 32º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha, Tenente coronel Diogo Genial, em conjunto com a Prefeitura de Petrópolis, Exmo. Sr. Prefeito Hingo Hammes, no dia 9 de maio de 2025, na Praça do Expedicionário, Centro, homenagearam os ex-combatentes da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira, com a colocação de uma corbelha de flores pelas senhora Cláudia Hammes (filha do ex-combatente José Hammes) e pela senhora Claudete Silva (filha do ex-combatente Natalino Silva) junto ao Monumento do Expedicionário em reverência aos que integraram a Força Expedicionária Brasileira e o Primeiro Grupo de Caças que combateram no Teatro de Operações da Itália.
O evento foi prestigiado pelo público petropolitano, autoridades civis e militares, parentes dos ex-combatentes, estudantes da Escola Municipal Heitor Borges, tropas do 32º BIL Mth, do 15º Grupamento de Bombeiros Militares, da Guarda Municipal Petropolitana. Foto Alcir, Diário de Petrópolis.

O ESQUECIDO TREZE DE MAIO, ISABEL E A ABOLIÇÃO
(Extraído do artigo “Zumbi e Isabel”, Gastão Reis, 28 de maio de 2022, Tribuna da Imprensa)
A Princesa Isabel foi criada em tempos em que a escravidão passou a ser vista como algo inaceitável. Foi influenciada por sua tutora, a Condessa de Barral, que era abolicionista e por seu pai, D. Pedro II, que libertou todos os escravos da Casa Imperial por volta de 1838, passando a lhes pagar salários. O Brasil foi uma exceção em matéria de alforrias, cedidas ou compradas, desde os tempos coloniais, em relação ao que ocorria no resto do mundo. Por volta de1780, a capitania de Minas Gerais era a mais populosa, com 394 mil habitantes. Destes, 174 mil eram escravos. Todavia, dos 220 mil restante, dois terços eram compostos por negros forros que tinham alcançado a própria liberdade.
As atitudes tomadas pela Princesa Isabel em direção à abolição da escravidão foi um processo paulatino, mas permanente, que evitou algo semelhante à guerra civil americana que ceifou cerca de 630 mil vidas humanas. Sob
as três Regências de Isabel, aconteceram feitos importantes, como o primeiro censo demográfico do Brasil, de 1872, em que foi computada a existência de 1.510.806 escravos, número que caiu para 720.000 na última matrícula geral, de 30 de março de 1887, uma queda de mais de 50% no total de escravos no curto período de 15 anos. Pouco antes, em 1871, Isabel assinou a Lei do Ventre Livre, que embutia um fundo de alforrias e a permissão para que escravos pudessem ter conta de poupança na Caixa Econômica, origem do pé de meia com que muitos adquiriram sua liberdade. Não foi só isso. Para fazer passar a Lei Áurea, em 1888, Isabel forçou a troca do presidente do gabinete. O Barão de Cotegipe foi substituído por João Alfredo. Cabe registrar que as leis abolicionistas foram todas passadas por gabinetes conservadores. Sua determinação era tal que chegou afirmar que “Mil tronos houvera, mil tronos perderia para libertar uma raça”. Ela conhecia a fundo as agruras de ser brasileiro e escravo. É certo que a Princesa Isabel soube pôr em prática o dito “Uma ideia (a abolição) cujo tempo havia chegado”. Mas há que se reconhecer um outro dito, citado pelo escritor Ângelo Romero em seu romance “Versões e Fragmentos”: “O destino só oferece carona a quem, na estrada, estica o braço”. A Princesa Isabel esticou o braço, e moveu as pernas, corpo e mente para realizar seu sonho, que não era só dela, mas de toda a Nação Brasileira.

RISCOS DO RECONHECIMENTO DA ANEXAÇÃO DA CRIMÉIA PELA RÚSSIA
(Jorge da Rocha Santos; fonte: DefesaNet, 29 de abril de 2025, Instituto Americano Robert Lansing para Estudos de Ameaças Globais e Democracias)
O Instituto Americano Robert Lansing para Estudos de Ameaças Globais e Democracias (RLI) listou vários riscos do reconhecimento da anexação da Crimeia para a ordem internacional. Os especialistas do Instituto enfatizam: em primeiro lugar, o reconhecimento da anexação da Crimeia seria um golpe estratégico nas normas internacionais. Isso minaria o princípio da integridade territorial consagrado no direito internacional e enfraqueceria a ordem jurídica estabelecida após a Segunda Guerra Mundial. Isso incentivaria outros Estados autoritários, como a China ou a Turquia, a se envolverem em revisionismo territorial. Em segundo lugar, isso levaria a uma irritação entre aliados dentro do campo ocidental. A Ucrânia veria essa medida como uma traição e, acima de tudo, os membros do Leste Europeu da OTAN e da UE a veriam como uma capitulação à agressão russa. Em terceiro lugar, essa medida teria um impacto na política interna dos EUA. Provocaria uma reação bipartidária e levantaria questões sobre os verdadeiros motivos de Trump, especialmente devido à especulação sobre seus possíveis laços de longa data com Moscou. O RLI também alerta que o reconhecimento da anexação da Crimeia prejudicaria gravemente a credibilidade do apoio americano à democracia e ao Estado de direito em todo o mundo. Especialmente em países que são suscetíveis à pressão autoritária. Na Ásia: a disputa territorial entre a Índia e o Paquistão pela região da Caxemira; a China expressando ostensivamente a intenção de invadir Taiwan. Na América do Sul assistiu-se, faz pouco tempo, a movimentação da Venezuela de Nicolas Maduro contra a Guiana reivindicando o Território do Essequibo, deslocando tropas para região fronteiriça e embarcações da esquadra para o Mar do Caribe. A atitude da Inglaterra posicionando belonaves na costa guianense desestimulou Maduro de prosseguir no intento dele. Além dessa questão sul americana, temos de considerar que velhos ressentimentos poderiam, futuramente, aproveitando-se da ocasião, levantarem antigas questões territoriais contra o Brasil, tirando proveito do sucateamento e obsolescência de meios tanto da Marinha do Brasil quanto da Força Aérea Brasileira, bem como as fragilidades atuais do Exército Brasileiro. Quem imaginaria, em pleno Século XXI, a ocorrência de uma invasão territorial na Europa? Há um ditado muito antigo que diz: “Se queres a paz, prepara-te para guerra!”, ou seja, em qualquer tempo, as forças armadas devem estar sempre bem equipadas, preparadas e treinadas.

“Mil tronos houvera, mil tronos perderia para libertar uma raça”
(Princesa Isabel)