VIDA PATRIÓTICA – 02/08/2024

ANIVERSARIANTES AMIRP

Dia 4-Ana Nery Rosário Oliveira; dia 5 – Miguel de Oliveira Silva, Maria de Lourdes Corrêa de Araujo Gantzel; dia 7 – Marcio Luiz Clemente.

A Coluna Vida Militar e a AMIRP parabenizam a todos desejando saúde e felicidades

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos doadores de sangue para minha filha Renata Rizzo Santos, ora internada no Hospital Marcos Marcos Moraes, Méier, Rio, RJ. Agradeço ao Sr. Gen. Mandim comandante da 9ª Brigada de Infantaria e suas unidades subordinadas, cujos integrantes atenderam meu apelo para doação. Emocionado agradeço a todos por este ato de solidariedade humana que salva vidas.

DIA DO QUADRO DE ENGENHEIROS MILITARES (QEM) TRÊS DE AGOSTO

O QEM é formado pelos oficiais que cursaram o Instituto Militar de Engenharia. Possui diversas especialidades como: cartografia, computação, comunicações, eletricidade, eletrônica, fortificação e construção, materiais, mecânica de automóvel, armamento e química. O oficial do QEM realiza trabalhos técnicos, dentro de suas especialidades, em diversos órgãos e instituições.

O Instituto Militar de Engenharia (IME) é o estabelecimento de ensino superior de Engenharia do Exército responsável pela formação e especialização dos oficiais do Quadro de Engenheiros Militares (QEM). Dedica-se à graduação de engenheiros em 10 especialidades e à formação de mestres e doutores em nove programas de pós-graduação, integrando, em grau elevado, as atividades de ensino e pesquisa. Os engenheiros militares trabalham na comprovação e experimentação técnica dos materiais de interesse do Exército e na avaliação dos itens de material bélico produzidos pela indústria nacional, bem como, realizam na área de material, pesquisa aplicada e busca de tecnologia de ponta. Trabalham também avaliando o material de emprego militar e levantando as influências de seu desempenho na doutrina, no pessoal e na logística da Força terrestre.

CORONEL RICARDO FRANCO, PATRONO DO QUADRO DE ENGENHEIROS MILITARES

(Fonte: Exército Brasileiro)

Ricardo Franco de Almeida Serra nasceu em Lisboa, Portugal, em 3 de agosto de 1748. Ingressou na Academia Militar de Portugal em 1762, tendo concluído, aos 18 anos de idade, os cursos de Engenharia e Infantaria, obtendo o grau de oficial. Aportou no Brasil em 1780. Engenheiro-soldado, cartógrafo, geógrafo e astrônomo tornou-se um dos expoentes do desbravamento e da defesa do imenso território brasileiro nas regiões Norte e Centro-Oeste. coronel Ricardo Franco prestou incontáveis contribuições no campo da construção de fortes e levantamentos topográficos, cumprindo a missão de desbravar e proporcionar melhores condições de defesa das fronteiras Norte e Centro-oeste do Brasil Colônia, que ainda se encontrava em formação.

Fez o levantamento de fronteiras, explorando mais de 50 rios das bacias do Amazonas e do Prata. Mapeou as capitanias do Grão-Pará (Pará), de São José do Rio Negro (Amazonas) e de Mato Grosso. Além disso, dirigiu trabalhos de construção de várias fortificações, entre as quais o Forte Príncipe da Beira (em Rondônia), Quartel dos Dragões de Vila Bela (Mato Grosso), e o Forte Coimbra (Mato Grosso). O Coronel Ricardo Franco faleceu em 21 de janeiro de 1809, aos 61 anos, no comando do Forte Coimbra. Ricardo Franco é o Patrono do Quadro de Engenheiros Militares do Exército Brasileiro.

PRIMÓRDIOS DA ENGENHARIA MILITAR (Luís de Castelliano de Lucena)

A história do Instituto Militar de Engenharia (IME) coincide, de certo modo, com a história do ensino militar e a história do ensino da Engenharia no Brasil. As primeiras notícias sobre ensino militar remontam ao holandês Miguel Timermans, “engenheiro. de fogo “, que esteve no Brasil de 1648 a 1650 “encarregado de formar discípulos aptos para os trabalhos de fortificações”, a primeira intenção oficial de fazer uma escola de Engenharia vê-se no texto da Carta Régia de 15 de janeiro de l699, do Rei de Portugal, desejando criar, no Brasil-Colônia, um Curso de Formação de Soldados Técnicos na arte de construção de fortificações, para promover a defesa da Colônia do ataque de outras nações.

Foi instituída, então, em 1699, a Aula de Fortificação, a cargo do Capitão Engenheiro Gregório Gomes Rodrigues para dar aulas aos comandantes de força e aos artilheiros do Rio de Janeiro. Foi utilizado o livro “Método Lusitânico de Desenhar as Fortificações das Praças Regulares e Irregulares”, de autoria do Tenente-General Luís Serrão Pimentel, editado em 1680. Um exemplar desta obra se encontra na Biblioteca do IME; ele foi a base documental para o ensino formal de Engenharia em Portugal e no Brasil. Em 1710, em Salvador, foi criada a Aula de Fortificação e Artilharia, tendo como professor, entre outros, o Sargento-Mor Engenheiro José Antônio Caldas. Estes foram, presumivelmente, os primeiros cursos regulares ocorridos no Brasil, já que algumas iniciativas foram avulsas e descontinuas, dependendo de professores especialmente contratados. Em 1795, foi criada em Recife uma Aula de Geometria, acrescida, em 1809, do estudo de Calculo Integral, Mecânica e Hidrodinâmica, lecionadas pelo Capitão Antônio Francisco Bastos. Esta aula existiu até 1812. Em 1738, foi criada a Aula de Artilharia, ampliando a de 1699, no Rio de Janeiro, cuja responsabilidade foi atribuída ao Sargento-Mor José Fernandes Pinto Alpoim. Este oficial construiu, entre outras obras, os Palácios dos Governadores do Rio de Janeiro, na Praça XV, e de Minas Gerais, em Ouro Preto. Em Carta de 18 de setembro de 1774, enviada ao Marquês de Lavradio (Vice-Rei em exercício) a Aula de Artilharia foi acrescida com a cadeira de Arquitetura Militar, passando a denominação de Aula Militar do Regimento de Artilharia, considerada por Adailton Sampaio Pirassununga (O Ensino Militar no Brasil-Colônia) como o “marco inicial da formação de Engenheiros Militares no Brasil”, com a dupla finalidade de “preparar artilheiros e de formar oficiais técnicos na Engenharia Militar, que constituirão o futuro Corpo de Engenheiros, de gloriosa tradição por relevantes serviços, como o provam as magníficas obras ainda hoje de pé existentes no interior do país. É de se notar que, naquela época, o artilheiro não era somente o oficial operacional encarregado do emprego da armas de fogo, mas também era o engenheiro responsável pelo projeto e fabricação do armamento. A evolução da Aula Militar do Regimento de Artilharia possibilitou a criação, em 17 de dezembro de 1792, da REAL ACADEMIA DE ARTILHARIA, FORTIFICAÇÃO E DESENHO, raiz histórica do Instituto Militar de Engenharia.

A competitividade de um país não começa nas indústrias ou nos laboratórios de engenharia. Ela começa na sala de aula. (Lee Iacocca)

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